Temos as mesmas necessidades e os mesmos desejos.
Somos
o tudo e o nada na vida do poeta
Somos o meio cheio e o meio vazio dentro do
mesmo copo.
Somos necessários e nunca descartáveis.
Não somos donos das
verdades e nem deuses do nosso próprio mundo.
Somos perfeitamente imperfeitos e
respeitamos isso tanto quanto amamos também.
Tu és forte quando não precisa ser
e eu sou fraco
quando a situação requer que me torne um baluarte.
A tua força e
o teu sorriso me fizeram cantar os versos
do quanto eu te amo.
E assim seguimos nesse doce veneno que,
apesar
do confortável sabor, nos mata aos poucos,
sempre ulterior ao prazer.
Precisamos da cura. Nós somos a cura um do outro
e sabemos disso.
Mas evitamos
tomá-la, pois somos fortaleza impenetrável
feita de argila umedecida.